GATILHOS MENTAIS AGRAVADOS PELA PANDEMIA

Vivemos também, em paralelo à pandemia de Covid-19, um grande risco de surgimento de uma epidemia oculta que merece atenção: o cuidado com a saúde mental.

As constantes notícias sobre a doença, o alto número de óbitos causados pelo novo vírus e as constantes preocupações com as dificuldades que esta nova era trouxe para todos – desde o medo e receio da doença até a incerteza sobre a economia – tem causado gatilhos mentais que se agravam enquanto a vida ainda passa por este período de incertezas.

Permanecer trancado em casa a maior parte do tempo e abdicar de quase a totalidade de convívio social tem adoecido a sociedade, embora seja defendido por muitos que ainda é a maneira mais eficaz de conter o vírus enquanto a imunidade das vacinas não faz o efeito esperado e deixe de sobrecarregar o atendimento em hospitais. E quando usamos o termo “adoecer” não é somente no sentido figurado. Uma recente pesquisa nos EUA estimou que a falta de contatos sociais traz riscos à saúde comparáveis a fumar 15 cigarros por dia e pode ser duas vezes mais prejudicial do que a obesidade.

Porque estes gatilhos acontecem? Porque somos seres sociais e, como tais, necessitamos de trocas de experiências, de diálogo e de convivência para atingirmos a plenitude do bem-estar. Não estamos acostumados com isso. E, quando nos deparamos com situações que teremos que lidar de forma árdua, é normal que estes sentimentos aflorem.

A pandemia nos obrigou a entrar em contato com uma realidade que antes não nos atingia. Ficar preso em casa e ainda assim se sentir inseguro é semelhante ao medo das pessoas que vivem em regiões de conflito e guerra civil. Há toques de recolher, medidas obrigatórias. Incertezas sobre o dia de amanhã. Luto por familiares, amigos ou conhecidos que a doença levou. Excesso de informação na mídia. Preocupação com o presente e futuro econômico da sua família, sua empresa, seu círculo social. E a fragilidade da saúde mental, obrigada a processar tudo isso, infelizmente se manifesta em forma de ansiedade, depressão, estafa, desenvolvimento de síndromes, dentre outros.

A tendência é que as “ondas” do vírus e infecções se enfraqueçam à medida que a vacinação avançar, mas aí teremos que nos preparar para outra fase de recuperação, tratamento e cuidado com as consequências psicológicas que ficaram como rastros.

Conte com a Med&Co para o cuidado humanizado com a sua saúde. Além de médicos de diversas especialidades, também temos em nosso quadro clínico profissionais que atuam na área da saúde mental e podem te ajudar sempre que precisar.

Denícia Araújo Barbosa Psicóloga | Especialista em Neuropsicologia | CRP 04 42117

Atendimento clínico de psicoterapia na abordagem sistêmica. Atuação na área de Avaliação Neuropsicológica e Avaliação Psicológica para realização de cirurgias.