2020 E SAÚDE MENTAL: O QUE APRENDEMOS ESTE ANO?
- Med&Co.
- 21 de dez. de 2020
- 2 min de leitura

Ansiedade, medo, insegurança. Quem não experimentou alguma destas emoções em 2020? Os efeitos psicológicos da pandemia sobre as pessoas em geral foram semelhantes aos causados por um desastre em grande escala. A quarentena e o isolamento afetaram negativamente a saúde mental.
Bem antes de a Covid-19 ser oficialmente declarada uma emergência mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) previu que a depressão seria a doença mais incapacitante do mundo até 2020. E foi exatamente o que aconteceu: a ameaça global do coronavírus agravou o que já era tido como uma pandemia silenciosa — a dos transtornos mentais — e chamou a atenção para o fato de que cuidar da saúde da mente é tão importante quanto da saúde física.
Desde que o senso de normalidade foi abalado pela pandemia, as pessoas passaram por muitos períodos de perdas e tristeza. A mudança de rotina, a perda da socialização, o acúmulo de tarefas, o receio e dúvida sobre a situação financeira e a falta de controle em relação à situação vivida contribuíram para o aumento desta fragilidade.
Por isso é tão importante, no contexto traumático que agora atravessamos, focarmos em estratégias que possam, de algum modo, prevenir ou atenuar o adoecer traumático. Como estimular as capacidades individuais e coletivas de adaptação, de suporte, de confiança? Como transformar as experiências sofridas em armas de resiliência individual? Afinal, a definição de saúde, em seu conceito amplo, segundo a OMS, é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.
Sensibilizar a sociedade quanto à importância da necessidade de tratamento precoce para a saúde mental é um dos passos mais importantes. Devemos normalizar que a busca por ajuda pode e deve ser fator que faz parte do dia-a-dia da sociedade em geral. Cuidar da saúde mental não deve ser visto com preconceito. Quem procura por profissionais da área – como psicólogos, por exemplo – tem em mãos uma maior possibilidade de promoção da saúde mental e física, assim como a recuperação do bem-estar e da qualidade vida.
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