IMPORTÂNCIA DO CHECK-UP DO CORAÇÃO
- Med&Co.
- 12 de ago. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 11 de set. de 2020

Excesso de trabalho, rotina estressante, preocupações financeiras, questões familiares. Você sabia que os fatores externos estão diretamente ligados à ansiedade e à tensão e, estes, por sua vez, são fatores que contribuem muito para causar os “ataques do coração”? Tudo isso associado a condições agravantes como a hipertensão, alteração do colesterol e a predisposição genética formam um time forte de vilões contra o músculo cardíaco.
Por isso, é tão importante e necessário se prevenir: além de adotar um estilo de vida mais saudável e nunca deixar de fazer check-ups cardiológicos regularmente. Só no Brasil, a cada ano, cerca de 17,5 milhões de pessoas morrem em decorrência de algum problema cardiovascular – é o maior índice registrado na América Latina. Mas, como tudo tem um lado bom, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% das causas destas doenças podem ser prevenidos apenas com simples mudanças nos hábitos de vida.
O check-up cardiológico auxilia no controle desses fatores e identifica precocemente possíveis alterações que podem comprometer o coração, mesmo antes dos sintomas. Como em muitos outros casos, as doenças cardíacas têm mais chances de cura quando são detectadas precocemente. Por isso, a realização de alguns exames é fundamental.
Como é o check-up cardiológico?
O check-up cardiológico é realizado através do exame clínico e físico e de alguns exames complementares. É um processo feito por um médico cardiologista, que vai orientar o paciente não só sobre a prevenção, mas também com a indicação da melhor conduta para cada caso.
Abaixo, uma breve explicação de cada etapa (mas é sempre importante salientar que estes são os exames comuns em um check-up cardiológico, mas outros exames complementares e específicos também podem ser solicitados, de acordo com o histórico de cada paciente).
Exame clínico: investigação sobre a saúde, hábitos de vida, fatores de risco, doenças prévias e hereditárias do paciente, e também presença de sinais físicos, que sugiram alterações cardiovasculares.
Exames laboratoriais: dosagem de níveis de colesterol, triglicérides e glicemia são os mais relacionados, mas outros também podem ser solicitados de acordo com os dados clínicos verificados.
Eletrocardiograma: avalia o ritmo do coração, distúrbios na condução elétrica, sobrecargas das câmaras do coração e alterações da repolarização, como a isquemia miocárdica, etc. Ecocardiograma: ultrassonografia que proporciona imagens do coração. Detecta se o músculo cardíaco está se movimentando normalmente e quanto sangue está sendo bombeado em cada batimento. Pode detectar anormalidades na estrutura do coração, alargamentos ou insuficiência das paredes musculares, derrame pericárdico ou dissecção da aorta.
Teste Ergométrico (teste de esforço): avalia o funcionamento cardiovascular do paciente quando submetido ao esforço físico. Pode evidenciar alterações que motivem a continuação da investigação complementar e mesmo detectar isquemia miocárdica assintomática. Também é muito importante para a programação da atividade física a ser instituída.
Quando fazer um check-up cardiológico?
Quando há histórico familiar de doença do coração, obesidade, hipertensão, colesterol alto, diabetes ou outro fator de risco, a recomendação é fazer o check-up cardiológico a partir do início da “vida adulta”. Na ausência desses fatores, em geral, o indicado é que as pessoas incluam o check-up na rotina médica a partir dos 35 anos. Quando todos os exames mostram resultados normais de avaliação cardiológica, os retornos são indicados para serem feitos anualmente.
No entanto, em caso de variação no estado geral de saúde no período entre uma consulta e outra, o cardiologista deve sempre ser procurado. Lembre-se que algumas doenças do coração são assintomáticas e só se manifestam quando já atingem uma fase crítica. Por isso, prevenir é sempre importante. Cuidar do coração é essencial para uma vida duradoura, com saúde e qualidade.
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